COVID-19 e a fertilidade masculina
O estudo mostra diferenças significativas na avaliação histopatológica de pacientes com COVID-19 versus grupo de controle. Uma delas é a presença de edema intersticial e congestão, tanto nos testículos quanto nos epidídimos. Além disso, observaram que os túbulos seminíferos apresentavam maior eliminação epitelial espermatogênica.
Um resultado muito interessante é que na análise do sêmen, todos obtiveram resultados negativos de RNA de SARS-CoV-2. Porém, 39,1% dos pacientes com COVID-19 desenvolveram oligozoospermia. Detalhe: todos pacientes que apresentaram oligozoospermia já tinham filhos e nenhum histórico de uso de tecnologia de reprodução assistida ou tratamento para infertilidade.
Também encontraram impactos na concentração média de espermatozoides. Nos pacientes internados com COVID-19 ela diminuiu significativamente quando comparada com os homens do grupo de controle de mesma idade com uma proporção média de 0,29 (IC de 95% 0,12-0,71, p = 0,008).
Ainda temos muito a descobrir sobre as consequências da COVID-19 e também em quanto tempo elas podem ser revertidas, mas de fato temos aqui a primeira investigação sobre a saúde reprodutiva masculina e a COVID-19 bem completa.
Vamos ficar de olhos nas próximas publicações.