Covid e fertilidade masculina
A primeira notícia é boa: após a recuperação,, não foi encontrado RNA do vírus SARS-CoV-2 no sêmen dos pacientes. Ou seja, ela não será transmitida.
Mas quando falamos de fertilidade, as notícias não são tão boas assim. Um dos estudos, por exemplo, com 120 homens belgas recuperados de COVID-19, mostrou que após o primeiro mês 60% dos homens tiveram redução da motilidade espermática e 37% menos espermatozoides no sêmen. É bem significativo!
Este estudo mostrou que mesmo após um tempo, esses homens não recuperaram os níveis ideais de motilidade e quantidade. Após um a dois meses, 37% tinham motilidade espermática reduzida e 29% tinham contagens de espermatozoides baixas. Ainda dois meses depois da recuperação, 28% tinha baixa motilidade.
Fica o alerta para casais que estão tentando engravidar e para médicos: o período de recuperação do homem pós-COVID é de pelo menos 3 meses.
Acredito que teremos muitos estudos avaliando a fertilidade masculina pós-COVID ainda esse ano, pois já conseguimos visualizar os efeitos de longo prazo. O que temos até agora mostra efeitos sérios, mas, aparentemente recuperáveis. O que não significa que podemos descansar, seguimos acompanhando as evidências, prevenindo a COVID e vacinando.