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DNA fragmentado no sêmen e importância de seus efeitos na fertilização in vitro: taxas de gravidez e frequência de abortos

Aproximadamente 1 em cada 6 casais sofrerão de infertilidade e em 40% das vezes haverá uma causa masculina associada. O espermograma completo continua sendo o exame principal de investigação dos casos com fator masculino e já sabemos que ele não é o melhor exame para diferenciar homens férteis de inférteis. No entanto, mesmo em situações nas quais o espermograma completo não apresenta alterações, podemos encontrar problemas em outros testes seminais mais específicos, como por exemplo, a fragmentação de DNA espermático, e isso sim pode configurar um problema para a fertilidade ou afetar diretamente os resultados da reprodução assistida. Com isso, cada vez mais percebemos que o espermograma isolado tem valor preditivo baixo para estimar fertilidade ou infertilidade. O exame de fragmentação de DNA no sêmen veio como adjuvante ao espermograma completo e vem ganhando espaço cada dia maior na pratica clínica andrológica. Inúmeros estudos mostram que os resultados das técnicas de reprodução assistida hoje estão diretamente afetados quando temos elevados índices de fragmentação de DNA nos espermatozóides.

Dentre os principais efeitos negativos de um elevado nível de fragmentação de DNA na reprodução assistida temos:

  1. Comprometimento nas taxas de fertilização
  2. Aumento nas taxas de aborto – mesmo após fertilização in vitro
  3. Comprometimento nas taxas de implantação do embrião no útero

O trabalho resumido neste texto faz uma interessante revisão de literatura, mostrando que embora a grande maioria dos trabalhos publicados relacionando resultados da reprodução assistida com índice de fragmentação de DNA possuem número pequeno de pacientes, métodos diferentes de análise e seleção não homogênea dos casos, fica bastante claro e evidente que o dano ao DNA espermático afeta sim os resultados da FIV/ICSI, principalmente nas taxas de gravidez clínica e de aborto. Além disso, a literatura demanda novos estudos mostrando os reais efeitos dos anti-oxidantes na melhora do dano ao DNA espermático e o impacto positivo que isto trará nos resultados de FIV.

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