Skip to main content

Azoospermia obstrutiva em homem de 31 anos com espermatoceles bilaterais: caso de outubro de 2016

Relatamos caso da clinica de outubro de 2016, paciente de 31 anos, com azoospermia sem elevação dos niveis de FSH e volume testicular bilateral normal. Programamos biópsia com exploração testicular e no ato operatório identificamos espermatoceles bilaterais.

Imagens abaixo: A punção revelou amostra com quantidade e qualidade espermática dentro da normalidade. Nestas imagens fica claro a lesão cística na cabeça do epidídimo com conteúdo liquido em seu interior:

azoospermia obstrutiva 1

azoospermia obstrutiva 2

Imagem da análise intra-operátorio do liquido puncionado: material enviado para Criopreservação.

azoospermia obstrutiva 3

A causa da espermatocele permanece controversa. Acredita-se que possa ter como origem um divertículo dos túbulos encontrados na cabeça do epidídimo. Com a espermatogênese, ao longo do tempo, pode haver aumento no tamanho do divertículo, e em última análise, a produção de um espermatocele.

Também se pensa que esta condição possa formar-se como resultado de infecção (epididimite) ou traumatismo.

Se qualquer parte do epidídimo ficar obstruída por formação de uma cicatriz, pode formar-se um espermatocele. Normalmente, espermatocele apresenta-se como massas escrotais incidentais encontradas no exame físico de rotina e pode ser descoberto por um indivíduo durante a auto-inspeção de seu escroto ou testículos, ou quando fica grande, por palpação do seu parceiro. Esta condição é assintomática, excepto quando fica grande, podendo provocar desconforto testicular.

A remoção cirúrgica pode danificar o epidídimo ou canal deferente, portanto a exploração nos casos com espermograma normal não é indicada. No caso acima o paciente apresentava azoospermia e portanto foi abordado cirurgicamente. O casal neste caso optou por não dar inicio ao procedimento de fertilização in-vitro antes do diagnóstico e parecer final do fato masculino, por não aceitar a princípio doação de gametas.